Era uma bela tarde sonolenta de terça-feira, e estava eu a conversar com minha amiga Cristiane, a respeito do futuro. Sem muito pensar citei indevidamente a palavra "destino" em uma frase, e ela quase que imediatamente disse me não acreditar no destino, e explicou de maneira muito sucinta que nossa vida é feita de escolhas.
E ela tem toda razão!
Não existe um destino predefinido na vida de cada indivíduo, ou um caminho que nos levará a um determinado e único ponto final em nossa existência.
Ao nascer, nos é dado o direito a livre escolha... Tudo bem! Conscientemente, ninguém lhe pergunta na vida intra-uterina se você quer ou não vir ao mundo, também não perguntaram a muitas mães que sofreram abuso se desejavam a gravidez, não perguntaram a uma família abaixo da linha da pobreza, se lhes confortaria uma nova criança.Tudo, é culpa das circunstâncias e das pequenas escolhas e decisões errôneas que cada um toma na vida.
O pai que acorda cedo e sofre as maiores humilhações para sustentar sua humilde família, a garota que se prostitui num farol para manter sua subsistência, o rapaz que usa drogas na construção abandonada, o garoto que pede dinheiro no semáforo., todos estão vivendo decisões erradas, talvez não decisões inerentes a cada um deles, mas, decisões as quais fazem parte de uma certa forma. Apesar de não escolherem essa forma de vida, nada fazem para mudar. E este é o grande problema!
Na grande maioria dos casos, há sempre ações, escolhas, decisões que podem mudar o futuro, porém, o que é feito para alcançar esta finalidade?
No fundo da mente de muitas pessoa ainda ha impregnado uma ideia de que o destino é o vilão por traz de tudo que lhes acontece na vida, e elas apenas esperam que coisas boas aconteçam sem que haja uma ação ou escolhas que levem a isso, e assim, passam se os dias, os meses, os anos, a vida, e por fim se vai a esperança. E tudo que resta são lamentações por terem deixado o medo vencer-lhes na hora de decidir.
Tive amigos que nasceram com graves problemas de saúde, mas que decidiram lutar até o fim de suas vidas, alguns, apresentaram malías incuráveis na vida adulta, mas decidiram não se dar por vencido, aprenderam da pior maneira como aproveitar ao máximo suas escolhas cotidianas. Já outros tomaram decisões erradas que os colocará imóveis em uma cama ou numa cadeira de rodas. A despeito de quem nascerá com um curto prazo de vida, os demais, certamente, se pegaram por muitas noites entristecidos aos prantos e repensando os pequenos detalhes, as decisões erradas, que lhes colocará naquela situação. Dessa forma, notaram que as pequenas escolhas tiveram forte impacto nos acontecimentos, não foram forçados ou guiados a uma decisão que deu errado.
Os exemplos, só demonstram que são as escolhas, as grandes responsáveis pelos acontecimentos em vidas distintas, de pessoas distintas. Não existe nesse cenário um destino que as envolva, ou que as tenha forçado a um determinado final. Foram apenas escolhas, e essas por sua vez podem ser repensadas afim de evitar frustrações futuras.
Mas nem só de escolhas erradas vive a humanidade, há por sorte as escolhas que acertamos em cheio. Não importa se são pequenas ou grandes, ações, gestos, escolhas tomadas com cautela ou de forma impulsiva, que trazem-nos resultados expressivos. A garota que concluiu sua faculdade, o profissional que abriu uma empresa em busca de independência, a mãe que planeja ansiosa o quarto de seu bebê, a jovem que se casou,... Certamente todos, erram um numero de vezes suficientes para acertar nas demais, o grande fator nesse caso é sempre a ação e a experiência adquirida, seja própria ou não. Não ficar inerte, dar um pequeno passo, não esperar o destino, dizer "Oi", dar um abraço pode mudar a vida das pessoas.
Por fim, como diz uma frase atribuída a Beverly Adamo "Não é sobre o tempo, é sobre as escolhas. Como você está gastando suas escolhas?" ... É certo que as escolhas têm grande impacto no futuro.
Portanto, deve-se dar mais atenção ao nosso limitado número de escolhas na vida, saber usa-las, prever seus resultados, saber como decidir, não deixar que o medo nos impeça de toma-las. E acima de tudo, Agir! Ser impulsivo se necessário, não aceitar as condições que nos são impostas, se nos fazem infelizes.
É preciso errar, sofrer, mas aprender com cada erro e cada acerto, e as decisões se tornarão cada vez mais precisas, fáceis e corretas. O importante é sempre a ação em busca de mudanças, pois elas valem a pena e trazem a tão estimada felicidade e o desejo de realização na vida.
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